quinta-feira, 7 de junho de 2007

"A utopia está lá no horizonte.!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar"

(Eduardo Galeano).

Iniciemos pela compreensão do que é realidade. É comum o entendimento de que a realidade corresponde àquilo que “realmente existe”. É precisamente neste aspecto que a problemática toda inicia: se houvesse uma “real” correspondência entre aquilo que compreendemos com o que “realmente existe”, certamente estaríamos em posse da “verdade”. Como, entretanto, existem diferentes interpretações acerca do que “realmente existe”, poderíamos concluir que bastaria somar todas elas para atingir a “verdade absoluta”. O problema é que entre as diferentes interpretações da realidade há contradições que não permitem uma mera “junção eclética”.

A identificação de tendências históricas, o que nos é permitido conhecer, por sua vez, demonstra que a totalidade apresenta muitas “possibilidades de realização”. As possibilidades implícitas no movimento real são sempre maiores do que a “realidade em si” e, por isso, nenhuma é inevitável, fora da “realidade”, enquanto esta “vai sendo”. Assim, qualquer tentativa de anunciar possibilidades futuras é utópica, pois ela depende de um vir-a-ser (que ainda não é). Uma utopia, portanto, não é algo ilusório, e sim algo “que não é, mas pode vir a ser”.

Não há nada mais poderoso do que uma idéia cujo tempo chegou.
Vitor Hugo

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